Arduino: primeiros passos

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Figura 1: identificação dos componentes do Arduino UNO (imagem obtida em http://www.robotizando.com)

Onde comprar?

Bem, o passo inicial com o Arduino é adquirí-lo. Em alguns estados tem lojas físicas onde é possível adquirí-lo por um bom valor , um genérico sai na faixa de uns 40 reais. Arduino genérico não é Arduino “falso”, a questão é que o Arduino é um “hardware livre”, ou seja, sua replicação é livre para todos, então temos no mercado o “original” italiano e os genéricos, mas que funcionam igual, precisando apenas de algum driver adicional para ser utilizado. Aqui no Rio de Janeiro estamos carentes de lojas físicas com eletrônicos (conhece alguma? escreva-nos!), mas é possível encontrar vendedores pelo olx (geralmente pessoas que compraram para projetos que nunca saíram do mundo das ideias), ou pelo Mercado Livre. Outra possibilidade também, caso não tenha pressa, é importar. Preços bem competitivos podem ser encontrados no “aliexpress” e na “gearbest”. O interessante é adquirir logo um kit, com sensores, jumpers (fios), protoboard e outros dispositivos que serão necessários para o projeto pretendido. A placa que utilizamos é a UNO, a da Figura 1, mas existem outros modelos de Arduino, como o MEGA, o NANO, e outros.

Características

Agora que já adquirimos nosso Arduino, vamos conhecê-lo. Na Figura 1 podemos ver que ele é composto essencialmente por 4 componentes: o conversor serial-USB, onde será plugado o cabo para comunicação com o nosso computador (Figura 2); entrada para alimentação, onde entrará a energia necessária para seu funcionamento, caso ele não esteja ligado ao PC; a CPU Atmel, o “cérebro” do Arduino, um microcontrolador ATMEGA328; e por fim os pinos, onde temos entradas/saídas analógicas ou digitais e os pinos de alimentação, para alimentar sensores e componentes diversos que serão ligados ao Arduino.

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Figura 2: cabo de comunicação USB para Arduino

Quando ligado a um PC, o Arduino não precisa de fonte, pois é alimentado pelo próprio PC. Quando estiver desconectado, precisa de uma entrada de energia, que pode ser uma fonte ou pilhas/baterias numa caixa de alimentação, como a da Figura 3. O Arduino deve ser alimentado com tensões entre 7 e 12V (corrente contínua).

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Figura 3: caixa de alimentação para Arduino

Outra característica importante é que podem ser encontradas duas versões do Arduino UNO, uma igual a da Figura 1, com o ATMEGA328 destacável, e outra SMD, onde o microcontrolador é menor e soldado diretamente na placa.

Utilização

Começar a usar o Arduino é fácil, o primeiro passo é acessar o site oficial e baixar a Arduino IDE para o seu sistema operacional (clique aqui), o software que utilizaremos para nos comunicar com o Arduino. Há também uma versão onde tudo é feito na nuvem, que pode ser acessada na mesma página, bastando fazer um cadastro e instalar um plugin.

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Figura 4: página de download da Arduino IDE

Baixado e instalado, ao abri-lo veremos esta tela,

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Figura 5: a Arduino IDE

onde temos: a área de introdução do código; o botão para carregar o mesmo para a placa; a parte de avisos de carregamento, erros e outros; e o botão que abre o monitor serial, onde veremos as informações enviadas pelo Arduino. A linguagem para escrita dos códigos é a wiring, mas não se preocupe, em nossos projetos disponibilizaremos os códigos, bastando colar na área de introdução do código e carregar para a placa. É preciso ir em Ferramentas/Placa selecionar a placa que está sendo utilizada, e em Ferramentas/Porta selecionar a porta onde a placa está conectada. Caso a opção Ferramentas/Porta esteja esmaecida isso significa que a placa ainda não está sendo reconhecida, tente trocar a porta USB onde ela está conectada ou instalar o driver necessário caso seja uma placa genérica.

Em linhas gerais é isso pessoal, nos vemos nos projetos. Deixaremos aqui alguns links interessantes pra vocês! Fiquem à vontade para enviar críticas e sugestões.

Links Interessantes

O pessoal do Laboratório de Eletrônica tem uma série de cursos bem legais, e um deles é o de Arduino Básico. Basta acessar, se cadastrar e começar a assistir as vídeo aulas, que também podem ser encontradas no YouTube. Nas aulas eles utilizam uma ferramenta muito bacana, que é a circuits.io, muito interessante para quem ainda não tem a placa. Trata-se de um laboratório virtual com arduino, protoboard, componentes e muito mais pra você começar a explorar este mundo mesmo sem ter a placa em mãos. Basta entrar na página deles, fazer cadastro e começar a brincar.

Outros cursos interessantes podem ser encontrados na página EADUINO, na All Eletronics Group e no canal do Brincando com Ideias. Outro link muito interessante também, que conta com vários projetos, é o site do Laboratório de Garagem.

Por fim, recomendo que assistam “Arduino, o documentário“, um documentário que conta um pouco da história do Arduino.

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Autor: Thiago Almeida

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